quarta-feira, dezembro 03, 2003

precisa-se


com urgência de um massagista que tenha a pele dourada;

de um ofurô;

que chova de dia e faça sol de noite, quando estou em casa e posso ficar à sombra;

de um pouco de água salgada, da origem, serve uma concha, para mergulhar o rosto e sentir a maresia;

do ardor da pele queimada e do ar refrigerado como linimento , além de lençóis macios;

de ver o cristo que horror que lindo, os braços abertos sobre a baía da guanabara;

precisa-se comer àquele polvo que era servido num restaurante do leblon e ostras com limão no real, alcazar ou albamar olhando o mar a murmurar prata;

andar de avião. vendo o sol refletir na asa. ouvindo ópera no fone de ouvido e beliscando ovas de estrujão;

precisa-se ser precisa nas intenções. ter foco nas decisões e saco pra ver novela. porque, afinal, eu preciso relaxar.

e parar de lembrar da tarde em itapoã ao lado de vinícius e marília medalha com um velho biquíni emprestado, o dia pra vadiar, o céu que não tem tamanho e logo depois uma reunião de trabalho para torrar na universidade federal da bahia.

e ir de novo ao mamão com açucar com o servio túlio e rúbia, mas sem o acidente de carro que estragou tudo.

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