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quinta-feira, outubro 09, 2008

fal no sem censura hoje às 16 horas e na livraria travessa autografando "minúsculos assassinatos e alguns copos de leite"


fal no sem censura hoje às 16 horas e na livraria travessa autografando "minúsculos assassinatos e alguns copos de leite"




avisos sobre fal azevedo , a escritora minha, sua, nossa favorita: "manhã eu vou estar no Sem Censura, às 16:00. Aqui na nossa Sky é TV Brasil. No mundo civilizado acho que é TVE."

ela postou isto no dia 8
*

"FIlhotes, amanhã, Rio, Livrarinha Prefácio, Voluntários da Pátria, 39, 19h. Diz a Carla San excrusive que eu vou ler (excrusive porque é fora da vila, se fosse dentro da vila seria incrusive). Mas aí já não sabemos, porque a Carla San faz muitas promessas."

ela escreveu isto no dia 8

segunda-feira, setembro 15, 2008

eita mundo pequeno

eita mundo pequeno!!!!!




eita mundo pequeno. chego na sonia, leia-se livraria avalon, em são lourenço ansiosa para pegar o livro da fal- claro que já chegou aqui o livro dela com dedicatória e tudo, mas quero outros- e o distribuidor ainda não mandou.

nem falo mas tenho medo de ter de esperar uma segunda impressão do livro, pois a primeira edição deve estar no fim, imagino. aí sonia conta que outra leitora pediu o livro. quem? claudia baracat.

ora, conheci a claudia há uns 4 anos ou 5 anos quando ela tratava de um caso de inventário para o tio de uma amiga. e ponto. de vez em quando encontrava com ela na rua e perguntava pelo filho, que já tem 4 anos. papo ligeiro e vida corrida. ela é advogada e tem uma loja de aluguel de roupas.

fui na loja dela perguntar como ela havia sabido de "minúsculos assassinatos e alguns copos de leite", como sabia da fal? e , deus meu, ela é íntima do rui, do claudio luiz. da maloca, de todo mundo!!!! curte a família inteira! fazem parte do cotidiano dela. p;ovoam seu universo. os olhos brilham quando ela fala do povo. rui, ela te adora! como os blogs são importantes, os blogs dignos de nota!

em são lourenço, no shoping antonio dutra, numa loja perto da livraria avalon tá lá a claudia baracat seguindo a fal e todos os que fazem parte de sua vida. nunca poderia imaginar a claudia com a sensibilidade que ela demonstrou hoje. tá lá no laptop dela o drops da fal logo de cara e me falou séria: este livro será best seller.

caaaraaaa!!!!!! e eu que esbarrei e esbarro com ela, nem sabia destas coisas. ora vejam só o que minúsculos assassinatos podem fazer dos encontros: copos de leite; os dois, o da vaca
( da caixinha também) e as flores.

enquanto isto nós aqui na luta: lua cheia, pantera pode parir, a barriga já arriou, as ancas estão com dois buracos fundos e o mojo já desceu. acho que desta vez é macho, a barriga é de macho. tamos na espera. o caso é que se não for na lua cheia que se inaugura hoje só poderá ser na nova, lá pro fim de setembro.




terça-feira, setembro 09, 2008

"minúsculos assassinatos e alguns copos de leite" de fal azevedo


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"minúsculos assassinatos e alguns copos de leite" de fal azevedo





o único problema ao ler o livro da fal é que você pode tornar-se íntima dos personagens, querer morar na casa de praia em bertioga e adotar cães e gatos largados na rua.

o livro chegou ontem pelo correio enviado pela autora, fal azevedo: "minúsculos assassinatos e alguns copos de leite" lançado dia 2 de setembro em são paulo, editado pela rocco. li de um fôlego só. e fiquei sem o dito após ter recebido vários socos no estomago. assim como seus personagens, os do livro, que sofrem de asma, perdem o ar constantemente, como alma.

a trama é fracionada. a respiração não completa seu ciclo durante a leitura do livro ; sístole e diástole ficam comprometidas. o fio condutor do romance é a capacidade da escritora, que narra a história em primeira pessoa, mas adota a personagem alma para apresentar a vida que é assassinada a cada curta expiração/inspiração porque, necessáriamente, o leitor precisa de oxigênio para atender às suaa necessidades e também não sucumbir a cada lambada recebida ao ler cada parágrafo.

não tem isto de ver o feio sem se importar. sente-se o feio, o vômito, a droga que transborda no sangue; não há como ser cumplice de cada ato ou receber a notícia como quem vê um terremoto distante. a autora empurra por nossa goela abaixo os espantos e o livro é escrito nas nossas entranhas porque nos faz perceber que fazemos parte do mundo.

alguns a diriam pós-moderna, ou seja, produto da sociedade apressada e convulsionada das metrópoles. no entanto qualquer rótulo que se usar para descrever a escrita de fal azevedo, que utiliza os flash-backs de cinema e novela, ousa levar para a escrita a técnica do rádio, sem cerimônia, pois a vida é uma colcha de retalhos mesmo, -o que fazer?- acaba por sucumbir ao lugar comum, onde a escritora não ancora sua criação.

portanto, diriam os sábios críticos que a escrita dela é fragmentada. eu digo que sua escrita reflete a respiração dos que moram das grande cidades. curta, apressada: uma respiração que se não é completada ali procura compensar acolá com um mergulho mais profundo de ar nos pulmões para que os neurônios não morram.

mesmo quando alma senta-se com seu lurdiano para olhar a tarde, observar o outro a enrolar um cigarro de palha ela está na ponta dos cascos afiados da reminiscência. é a vida. a vida tem destas coisas, sangue, catarro, cocô e junto com as excrecências nascem os copos de leite da poesia.

a capa do livro é de uma metáfora fantástica: somente a romã, com suas contas minuciosamente separadas, mas que formam uma fruta inteira poderia resumir a saga de "minúsculos assassinatos e alguns copos de leite."

jean françois lyotard, filóso francês que bebeu da água fragmentada dos jogos de linguagem de outro filósofo, ludwig wittgenstein,, em seu livro a condição pós-moderna(1979), fala da fragmentação e multiplicação de centros e a complexidade das relações sociais dos sujeitos a expressar uma condição de vivência de vida segmentada, picada, de periferia da alma.

"Simplificando ao máximo, 'pós-moderno' é a incredulidade em relação às metanarrativas." Segundo Lyotard "não podemos mais recorrer à grande narrativa - não podemos nos apoiar na dialética do espírito nem mesmo na emancipação da humanidade para validar o discurso científico pós-moderno."

a midiática internet, que incorpora toda a bagagem humana em seu códice é a vertente atual de toda escrita. quando em "um defeito de cor" que em 2007 recebeu o prêmio casa de las americas, a autora ana maria gonçalves usa mais de novecentas páginas para tentar um "grande sertões e veredas" comete o grande equívoco de tempo e espaço. o livro não fica impresso em nós. resquinge-se ao papel.

com suas poucas mais de 200 páginas fal azevedo desinventa o papel, despreza a mídia impressa, visual e falada para criar a prensa moderna: a que imprime os textos no corpo do ser humano ,o único que será lido na posteridade pois é sempre dele, de nós, que tratamos.

não?

a literatura produzida hoje em dia sempre me deixava inquieta pois eu sentia que era necessário mais, transgredir normas, desinventar padrões, interferir nos cânones. ao ler "minúsculos assassinatos e alguns copos de leite" minha angústia pelo mais ficou aplacada. por um breve tempo. até que fal azevedo produza outra obra.

é uma cobrança direta, fal.