"História em tudo que vejo, em tudo que faço, em tudo que digo."
num vôo de pássaro,
fal pictórica nos leva pela mão a mostrar nosso caminhar no mundo. não é que já sabíamos que havia sido assim? aprendemos em manchetes, manchetinhas, chamadas, salas de aula sobre nossos percalços enquanto humanidade. sim. mas não vivéramos na carne as ambivalências e ambigüidades, mesmo constrastes, da vida passada com a vida futura, onde em relação ao pretérito, conjugamos o presente.
remeta-se à pedra lascada! verá alguém muito remoto, que afirmam ser parente seu. não dá para estar lá, no mínimo podemos pressentir. não podemos dizer como hamlet , de shakespeare, eu não pareço; sou.
com ganchos apropriados
fal nos retira da boca da onça, da caçada, e nos remete para as ruas asfaltadas, veias urbanas, onde novamente, nós predadores, nos servimos em caça.
esta a grande aventura que o curso de arte na história da
fal propicia: fazer pensar, e pensar também sentindo-o, o percurso que nos diferencia como homo sapiens e, como bípedes, uns dos outros.
esther diz:
bom dia , fal
fal diz:
Oi corazón!esther diz:
de qual janela mental você vislumbrou a possibilidade de sermos atores de nossa própria história?
fal diz:
Esther, minha filha, vc é muito da chique. Primeiro que eu não tenho janelas mentais, meu cabeção só tem saídas de emergência; Depois que eu tive que procurar "vislumbrou" no dicionário. Sei lá, Esthercita. Eu não acredito em história passiva. Todo mundo é agente da história. A gente só esquece disso. Foi o Lennon quem disse que vida é o que acontece enquanto a gente faz outros planos? É isso. Acho que mãe comunista e pai ateu dão essa dimensão pra gente. Vc, o cara que corria atrás do mamute, o outro chegado morto numa fogueira da inquisição, tudo igaul. Gente atuando, gente com dúvidas, com problemas, pessoas multifacetadas. Falta só a gente roubar uns minutinhos dos nossos atarefados dias, respirar fundo e perceber isso.esther diz:
você, certamente, já ouviu falar em tele-trabalho, em educação à distância através da rede. neste curso vivenciamos isto. várias pessoas, de um mesmo grupo de estudo, explicitando e discutindo suas igualdades e diferenças a partir de um mesmo ponto de vista; a arte. como você montou a arquitetura para gerenciar este grande encontro?
fal diz:
Esther, não teve arquitetura. Tenho um grupo de amigos, que passam o dia trocando mails. "Agora eu fiz isso..." "Meu chefe tá virado..." "Alguém lembra a letra do Hino à Bandeira?..." "Meu marido é um cretino..." aquelas coisas. Rola fofoca, gracinhas, conversa furada, upas variados. Alguns desses amigos, a Petita, o Claudio e a Renata (estranhamente eles não têm blog. Sou a única com blog na turma) comentaram que queriam um curso de literatura on-line. Que eu desse um curso de literatura on-line. Essas pobres pessoas iludidas me têm na mais alta conta, uns malucos. Vai daí que começamos a discutir, só Brasil, Brasil e Portugal, literatura do que, quem, eu fui sentar pra botar o curso no papel (amei a história) e fiz aquele programão que vc viu, aquela ambição desmedida, aquele delírio. Eles leram, gostaram, começou a espalhar. Foi isso.
E esse trem acabou vindo de encontro com uma fase que eu vivo atualmente: tou com o tendão machucado, quase sem sair de casa, minha mãe tá fazendo um tratamento meio complicado de saúde... enfim, eu ando meio encolhida na caverna.
Aí um pequeno grupo de interessados começou a trocar mails, pra discutir como ia rolar, sugeriram um grupo de discussão do Yahoo, migramos pra lá... e lá estamos. Ainda tem uns problemas, aula que não abre, nego que se perde, mas devagarinho nós estamos nos arrumando.esther diz:
quantos são os alunos do curso e como chegaram?
fal diz:
Somos em 49 pessoas. Pessoas extremamente generosas como também a Cora que fizeram propaganda do curso em seus blogs. Alguns outros amigos avisaram amigos de listas de discussão, essas cousas, e o pessoal foi chegando.esther diz:
como participante do curso vejo a quantidade de e-mails que rolam. como isto é administrado?
Fal diz:
Eu leio tudo e deixo lá. Não apago nenhum, não removo nenhum.Fal diz:
E me meto pouco também.Fal diz:
Minha opinião está (espero que se perceba) no texto das aulas. Quero que o pessoal discuta, conclua, debata, brigue, faça as pazes, brigue de novo. Acho democrático e construtivo.
Fal diz:
Porque ali, na verdade, ninguém quer/espera, mudar a opinião de ninguém. Queremos ouvir outras opiniões, saber doutras verdades.esther diz:
enfim , estamos discutindo a história, a evolução da humanidade sem creditar aos dados cartoriais as verdades oficiais. nós a reconstruímos através do fio que você lança em cada aula
Fal diz:
Ah, esther, eu espero que sim. A idéia é essa mesma. A idéia é pensar. Aprender mais. Menos data de batalha e nome de rio e mais "quem eram aquelas pessoas?". Ela comiam o que, vestiam o que? Morriam quando, tinham quantos filhos? Que musica elas faziam, que coisas elas desenhavam? Por que? E isso tudo foi dar no que? Porra, e num é que elas são parecidas com a gente?esther diz:
isto é o princípio da história oral tão trabalhada por george duby. ele abandonou as fontes conceituadas da história e foi ouvir o povo. e poderia ter registrado alguma coisa assim: eu fiquei menstruada no dia em que maria antonieta perdeu a cabeça. um dado pessoal remetendo à história. sem que houvesse modificações para embelezar tal ato ou fato
Fal diz:
Eu num digo que vc é podre de chique?esther diz:
deixa de bobagem. mas não é isto? quando a mchaves diz que a pre-história representa um momento em que não havia escrita e quando o doido do fukuiama afirma que a história morreu, em plena escrita, e centenas de pesssoas debatem o assunto nos e-mails, você esta registrando a história que o a gente, povo, ou seja, nós escrevemos
fal diz:
yeah. E mais. Registrando e fazendo ao mesmo tempo, procurando pistas, fornecendo pistas, explicando, esmiuçando. História em tudo que vejo, em tudo que faço, em tudo que digo. esther diz:
vou te contar: estou babando colorido com o texto da aula e os debates suscitados por eles. você está nos dando motivações e olhos para ver o mundo. só tenho a agradecer.
mas cá entre nós , está dando pra ver clodovil, no qual você me viciou, sua bandida, ou está em síndrome de abstinência?
fal diz:
Pô, Esther, que bom, viu? Eu tou estimulada tb, aquelas discussões tão deliciosas.
Veja vc, que eu tou ficando menas culta e a culpa é de vcs. Tava tão aturdida hoje de tarde lendo sobre os romanos pra próxima aula que PERDI O ISTRIPITISI DO CLODOVILLLLL!!!!!!!!!!!!
Minhas fontes me falaram que ele tirou a roupa hoje!!
E eu perdi.
Estou desconsolada.
esther diz:
vou me informar, pois hoje perd também e depois te conto. e aí professora, vamos curar este tendão para ir à um baile funk?
fal diz:
Hehehehehe, uia, tem uma nova da Mae Loura do Fanque, com o sugestico refrão de "agacha, agacha, faz o agachamento!"esther diz:
alguma recomendação para os alunos, professora?
fal diz:
Rá, leiam muito, quebrem o pau, discordem, me xinguem, reclamem...e indiquem pros amigos! vamos montar uma turma nova (menor, eu prometo).esther diz:
não muda não, fal querida, está muito bom, não muda nada. está bom assim. gente vocês que estão de fora não sabem o que estão perdendo. beijos, minha menina
fal diz:
beijucas amoreca
e muito obrigadaesther diz:
obrigada a você, fal. muito obrigada por nos presentear com você.
ARTE NA HISTÓRIA
Módulos I, II e III
Arte. Que é isso?
Algumas teorias sobre arte.
Pedra lascada, pedra polida.
No princípio era o verbo
Dos tijolos sumerianos, às crianças da Grécia, passando pelos gatinhos do Egito.
Roma e a não-arte
Uma pausa espiritual: se oriente rapaz
Balaio de gatos: bárbaros germânicos, arte gótica e a Idade Média
Módulo IV
Humanismo
Grandes navegações: o mundo diminui
A terra é mui graciosa, tão fértil eu nunca vi
Renascimento: apertem os cintos, o Papa sumiu
Módulo V
O barroco francês, Rembrant e outras coisas do século XVII que fazem meu coração sorrir
Módulo VI
Arcadismo, Romantismo e finalmente, o Realismo. A coisa começa a esquentar.
A família real diz Adeusinho
O Brasil e seu Simbolismo
Uma grande chaminé:Revolução Industrial
Módulo VII
O século XX: por onde começar?
Freud, explica!!
Espartilhos e grandes bigodes
Futurismo, cubismo, dadaismo: é ismo que não acaba mais
Derretendo relógios
Moda é arte?
Modernismo: Brasil e Portugal
Módulo VIII
E o resto do mundo?
Cinema
Picasso
A Segunda Grande Guerra
Girls Rules
Cinturinha de vespa
Módulo IX
Baby boom
O passaporte da revolução
Flower Power
Chumbo neles
Pop pop pop
As veias abertas da América Latina
Módulo X
Coca-cola é isso aí: a publicidade e o divino
Moda, cinema, literatura, poesia, arquitetura, teatro, pintura, escultura, publicidade, rádio: stress puro ou seu dinheiro de volta
O Havaí seja aqui
A internet e a nova arte
O diário coletivo
De volta à pintura de paredes
"São 10 aulas. A partir do dia 27 de maio, quinta sim, quinta não, eu mando uma aula nova prum grupo do yahoo. Daí, o grupo tem 15 dias pra ler, concordar, discordar, brigar, formular teorias malucas, enfim...
A duração é de 5 meses. Vai custar 40 pilas por mês. Eu só preciso avisar que, as aulas serão feitas com esmero, claro que eu posso dar uma assistência maior pra quem quiser se aprofundar mas, a princípio, é tudo muito simples, muito pra quem tá no comecinho.
E o bom, é que como é no yahoo, ng precisa tar on line ao mesmo tempo, a gente pode ler, ir lá, dar opinião, horas depois outro responde, dia seguinte outro fala alguma coisa e assim vai.
É isso amados. "
fal
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