ontem de manhã, antes do café , li email da poeta eliana mora com um poema convocando a poetar. não resisti e fiz uma réplica. brincamos por três vezes. três vezes aqui contida.
poema da eliane, o primeiro,
em dias de cal
poeira baixa
e ainda a respiração [porque é preciso]

minha resposta
há dias
brancos
de respiração.
-contida-
contigo
há brandos
planos
de tomadas
cinzas.
comigo
ah, comigo
há que perco
-faz tempo-
o caminho,
a ida.
mas temos
planos;
longos shots
breves frames
suaves takes
de palavras
caladas
caiadas
caídas.
suspiro
de imagens,
respiros
da vida.
réplica da eliana
takes
tacos
panelas
algemas
dias de incerteza
almas sem beleza
por fartura - não deve ser.
resposta minha
tacos soltos
na sala. o sol
peneira a poeira
a porta aberta
para a cozinha
vê as panelas,
algemas do dia-a-dia.
a tréplica da eliana mora.
de aço
de briga
de lutar pela partida
de bagaço
de ferida
de luta
senha de vida
sempre só recomeçar
resposta minha:
trava entre os dentes
a ferida
grita aço
a minha língua
muda de voz.
entre os dedos
a senha em bagaços
campeava briga.
seixos de estrada
ganhavam rubros
rútilos de vida.
siga, era o som
da luta vertida.
fui ao café da manhã. ao retornar ela enviara outro, ainda por acabar. e encerramos o desafio. mas foi bom... ler sobre eliana mora aqui
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