sexta-feira, fevereiro 25, 2005


estas mães guerreiras




desbravando a neve, rompendo o frio, cruzando oceanos, deixando seu rei o neto breno triste em casa seguiu a mãe martha guerreira para o parto da filha beatriz.


e a família assustada pergunta: por onde nascerá esta criança desde que em portugal é cultivado o parto normal? está enorme esta barriga. é o tiago, garantem os pais. supomos que possam ser mais de dois bebês.


lá atrás, com sabedoria antiga marulha o mar de portugal


este é um poema antigo que fiz para vera,lucia e martha


para martha, vera e lucia


reluzem nas armaduras
impávidas guerreiras
estandartes nas mãos
é um cueiro!
e a espada aguarda
na bainha de um carretel
ser tomada pela linha.

contam em panos odisséias
de ursos gatos cachorros e patos
aplicados em vergéis e lagos
feitos com linha de bordado
moinho de vento: a agulha
sancho: a máquina de costura
louro o sol e a terra pura.

tagarelam babam gabam
e loucas de amor espremem
as tenras carnes de seus fedelhos
como se abraçassem num espelho
a própria imagem que se espanta
ao ver que é seu o reflexo da criança
que também será avó após alguns fios.

nenhuma ciência, tecnologia ou economia
derruba o ponto de cruz, o ponto cheio
os entremeios, as bainhas, o viés
o chuleio. o planeta pode explodir.
no espaço onde ele existiu
haverá um varal com uma fralda e um babador
tremulando em frivolité a água que lavou
a golfada, o xixi e o cocô .

Nenhum comentário: