terça-feira, abril 26, 2005




para clau


não há distância que o verbo não percorra, nem o estar sozinha como a gente pressupõe. clau, amiga, vamos tomar sorvete, ir ao circo, comer algodão doce, lambuzar a mão com pirulito. seu filho amará, será? .... tome cuidado com a fada verde que apronta e culpa os elementais. sabe que hoje chove sem parar por aqui? uma chuvinha miúda, fora de tempo por que não cai para fazer nascer o milho não! sabe como é? é chuva de molhar a alma e fazer tremer os osso de frio.

mas aí tem circo, estas coisas da infância eterna de gente? andar na corda bamba, malabarizar com uma sombrinha, rir aos montes, aos turbilhões, às bandeiras despregadas por um dá cá aquela palha?
você aí nesta miami ensolarada e nós ó, desde o sul do brasil, atravessando o sudeste, céu cinzento de vez em quanto troveja, sopra vento lamurioso e a chuva cai.


mas nem te conto da última estripulia do romário. ele matou um pé de pêssego. destes pingo de ouro que derrentem na boca. mas clau, mesmo que fosse pêssego duro, destes selvagens que nascem de carôço, sem enxertia, que fosse um matinho à toa, pois ele matou o pé. disse que foi sem querer. pode? um baita tronco daqueles... e hoje nem apareceu para trabalhar! quando chove ele não vem mesmo.

fiquei triste com a morte do pé de pêssego. ele morto e todos os outros em floração. lembrei de "dreams" < o filme de akira kurosawa e mesmo arriscando uma gripe fiquei ao lado do pé tombado para levar bronca e solicitar desculpas. tem desculpa para matar árvore? nem tem, né.


novas da clau

diz ela: "Então... é assim que estamos. Agora parece que Miami ficou colorido e que os dias vão ser mais fáceis de se levar. Dia 01/06 estamos voltando pro Brasil e isso me alegra demais... Uma foto a cada dia, contando nossa história nesses últimos dias por aqui."



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