quinta-feira, outubro 20, 2005
desarmamento: alguém entende este referendo?
e nunca entenderei algo deste porte; um movimento de poder que convoca todo o povo de um país a uma atitude maniqueísta ( o maniqueísmo é uma doutrina que se funda em princípios opostos: o bem e o mal -aurélio-) de resolver com um sim ou um não o que não foi discutido e debatido com esta mesma sociedade, que nem sabe para que vai às urnas!
esta população convocada para obedecer à propaganda do governo, como ovelhas vão ao matadouro, sem pensar que o dinheiro gasto com esta mesma publicidade poderia construir várias escolas, - povo educado não rouba nem mata- que deveria matar, aí sim no bom sentido, a fome de milhares de crianças com a verba que é usada para movimentar todo o território nacional a ficar numa fila, chegar numa urna e como autômato apertar um botão do sim ou o do não.
enfim, só entenderei algo deste porte quando acabarem com a bomba atômica, e todas as fábricas de armas. pensando bem , ainda restará a funda que davi usou para derrubar golias, o estilingue para matar passarinho o pau, a pedra e o próprio punho humano.
enquanto o ser humano preservar suas características irracionais de cólera, inveja, desejo de poder, desrespeito pela vida, falar em desarmamento é piada. a arma está dentro de cada um que odeia, no olhar rancoroso, na palavra de ódio proferida ou não, na irritabilidade.
nem os irmãos dalari, especialistas em leis, chegam a um acordo sobre o desarmamento. leia aqui no jornal da usp. como nós que da lei entendemos somente o básico ou nada, poderemos sem ser guiados pela propaganda oficial decidir com clareza o que claro não é? li num email que recebi, não sei se apócrifo , mas interessante: o personagem se dizia um criador de ovelhas do rio grande do sul. enviava carta aberta à atriz fernanda montenegro . perguntava: quando os ladrões, que me sabem desarmado, vierem roubar minhas ovelhas a senhora colocará à serviço do estado sua arte dramática para proteger o cidadão? convencer ao ladrão de que não deve roubar e ao assassino de que não deve matar? da mesma forma que a senhora coloca sua interpretação à favor de uma causa que não nos foi explicada, deveria estar pronta para fazer o mesmo pelo estado, que é obrigado a nos defender, mas não o faz, e que hoje paga seu cachê!
a atriz , como outros, aparece em propagandas da globo fazendo a campanha do sim pelo desarmamento.
"A questão divide acadêmicos, embora a maior parte deles tenda a defender a aprovação do desarmamento. Divide até juristas irmãos, como os Dallari: Dalmo, professor aposentado de Teoria Geral do Estado da Faculdade de Direito da USP, vai votar a favor da lei, argumentando que a sociedade está sujeita a regras democráticas e a liberdade não é absoluta. Ao Estado compete cuidar da segurança do patrimônio e das pessoas; se cada indivíduo recorrer à autodefesa, ficar carregando metralhadoras pelas ruas, "será um faroeste geral". Mas Adilson, professor de Direito Administrativo da PUC de São Paulo, votará "não", declarando-se a favor do direito de defesa, porque o Estado, segundo ele, é incapaz de garantir a segurança das pessoas o tempo todo. "Conseqüentemente, o Estado não pode impedir que as pessoas se defendam, até porque isso é uma garantia constitucional."
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