segunda-feira, novembro 07, 2005
risos
poema de ricardo augusto doa anjos
Por uma questão de pele e de odor
é que me lanço à beira do teu corpo
e olho longamente o campo a cultivar.
São todas as razões, do frio à primavera
que fazem de mim um camponês ansioso
com gestos de sol e chuva na seara...
...de um amor que canto ao fim dos dias.
Os contornos das palavras semeadas
incham a terra num latejo de Origem
prelúdio de trigo ao sonho dos ventos
vivos cabelos na angústia dos meus dedos
até que sature de raízes a madrugada
dos sentidos e durma no rio consciente
do espanto ou da delícia .
do livro agrolírica , publicado em 1974
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