sexta-feira, janeiro 19, 2007



poema de stefan archer, 18 anos. escreveu o poema com 15. gosto da juventude que pensa, sente e constrói com frases a desconstrução da terra natal onde pulsam seus sonhos. afinal, onde mais poderiam almejar. sonhem jovens, faz bem sonhar. alimenta a vida. afasta a morte. e pode tornar possível o que distante parece.


Brasil, o verdadeiro

Dona, esses brasileiros
Sonhos sempre passageiros
Pelas ruas onde andam
Não há mais palmeiras ou sabiás
Os roncos dos carros daqui
Não roncam como os de lá

Pelas ruas só se escuta
"Tá lá o corpo estendido no chão!"
Agora tornou-se rotineiro o que antes era festa
Com direito a camelô, bar lotado e samba
Que terminava com santo baixando em porta-bandeira
Hoje tem que tomar cuidado senão alguém pisa no presunto!

Vai voando o dinheiro da população
E só vai parar em paraísos fiscais
Bye, bye! Money, bye, bye!
Meu povo, não chora não!
Vá para as ruas atrás da tão sonhada democracia!
Acabe com aquele que paga pra gente ficar assim,
Pois todos sabemos quem é!

E nesse liquidificador
Do mundo, Brasil,
Autores vêem pureza e beleza
Em seus sonhos de fadas,
Em seus pesadelos infantis.


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