
vi esta bicicleta encostada num muro em frente à casa do produtor em baependi quando fui comprar ração para os cavalos. vi, fiquei olhando e associei imediatamente a imagem a esta música: adagio molto e cantabile da sinfonia número 9 em d menor, opus 125 de beethoven. realmente o som e a imagem junto com o sol e o calor que faziam àquela hora pareciam feitos uma para o outro, assim como unha e carne. assim.
pensei que será a bicicleta dona da música ou o som é parte do momento e ocupa o muro como se o seu lugar fosse sempre nesta parede, a esta hora do início da tarde pronto o instante para o acasalamento entre olhos e ouvidos? justo a bicicleta foi deixada ali por quem a pedalava e ela tirou o som do esquecimento que havia em mim. pensei que o guidon poderia ter tocado na alma da música.
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