quarta-feira, abril 01, 2009

sem querer, urbanamente



congonhas à noite, vista da janela do hotel que mais gosto por lá, o casa grande.




li no urbanamente um post sobre cidades e, instigada, escrevi assim, com bastante espaço no intuito de criar um novo cérebro pra mim:



pensar que a china moderna foi construída a partir de um game, sin city,

onde os grandes espaços são privilegiados, me empolga, principalmente se

cotejo com a cidade medieval e as nossas, embasadas naquelas: estreitas

ruas, amontoadas casas, poucos jardins, muitos mercados, postos de

vendas e trocas, como se vê em outros games, age of empires ou cesar, e

nas projeções para o futuro, como em blade runner etc.... tudo porque as

cidades nasceram do medo. a partir do medo da morte, de ser subjugado por

conquistadores, os seres humanos inventaram seus conglomerado onde não

seria possível a privacidade pois ela remete ao reconhecimento de nossa

finitude. e mais, a família que constitui a cidade provê sua subsistência e

sobrevivência e possibilita a inclusão, fazemos parte de... e isto permite que

nos reconheçamos como um todo, do qual somos parte, olha o paradoxo.



depois, passei no 100 querer e vi que a moça tá praticando a diagramação de um folder sobre as cidades históricas de minas e mareja-se a cada visita "ao adro do Santuário de Bom Jesus do Matosinho
com os 12 Profetas" .

a cidade e seu traçado medieval de casas empilhadinhas, ruelas de andar a pé, bares, mercados, postos de trocas e comidas, tudo de uma cidade que sempre trás a sensação de periferia e gente humilde do chico buarque. o contraste com os hotéis de luxo, carésimos, não em congonhas mas em tiradentes, e as crianças descalças pelas ruas de ouro preto a levar os turistas ao hotel que lhes garanta e à familia, a refeição do dia seguinte, com um trocado qualquer.




pra luci esta foto que fiz de noite quando eu e a ana fizemos o caminho da estrada real, pela segunda vez, parando em cada esquina, e estávamos cansadas e empoeiradas de dar dó.


então, por hoje, sem querer, mas urbanamente, me despeço, boa noite.

mesmo cansada pois há mais de 2 horas tento postar com esta conexão de rodas quadradas.

Um comentário:

Luci disse...

Esther
sabe pq vale a pena ficar cansada de rodar com rodas quadradas?
pq existem pessoas que reconhecem a força que se faz pra rodar as maledetas rodas quadradas...rs!
e não é assim a vida?
eu ando me sentindo um ser bem pequeno diante da grandeza que descubro a cada dia...
quisera saber desenhar letras.
amei (e amo) as tuas!
bjs