terça-feira, dezembro 16, 2003

lilian sabe que a boa pauta, os assuntos que serão notícia amanhã, e as entrelinhas do que é notícia hoje consegue-se lendo as cartas dos leitores dos jornais , o diário oficial, ouvindo a voz do brasil (ainda tem?) além da leitura de todos os jornais e revistas, passar o dia vendo noticiário de tv e ouvindo rádios.

isto nos áureos tempos, quando havia imprensa. hoje a mídia se mantém com pres-release e xerox. o que chamam de comunicação globalizada. ou seja não informa. disciplina, controla, manipula usando a resposta que obterão com nosso reflexo condicionado para acalmar os ânimos. o jornalismo investigativo acabou.

por isto ela nos envia estas cartas. para lembrar que

cartas de leitores no jb de hoje


Como leitor do jornalista Augusto Nunes, desde Porto Alegre, quando ainda estava na Zero Hora, não deixo de admirar seu estilo em descrever com bom humor - mas sem perder o fio da cimitarra, o verdadeiro bufunfa da viagem do presidente do Brasil pelo Oriente Médio. Que temos um presidente que não
preside, todo mundo já sabia, mas um tradutor que não traduz e ainda inventa o texto, essa é de arrebentar o cérebro de qualquer um. Quando vi na TV o nosso Luiz Inácio sendo recebido numa barraca, com um mapa-múndi para
mostrar a Kadafi - sentado imperialmente distante daquela plebe latino-americana - onde fica o Brasil, lembrei-me do livro de Dominique Lapierre e Larry Collins, no qual dizem que a Líbia é apenas petróleo e uma cidade; o resto, é areia. Só o governo do Brasil ainda não sabe.

Edgard W. Mondadori Filho, Porto Alegre, por e-mail

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Concordo com os comentários do jornalista Augusto Nunes em Só o professor sabe de tudo (14/12). Qualquer diplomata que tenha servido na representação brasileira em Trípoli, nos anos 80, sabe que Kadafi deu uma contribuição de cerca de US$ 10 milhões ao PT. Portanto, a viagem do presidente Lula foi de
agradecimento. Celso Aurélio de Amorim Garcia sempre tendeu a se subordinar ao poder. José Aparecido de Oliveira mandava e desmandava no Ministério da Relações Exteriores quando Celso Amorim foi chanceler, na gestão Itamar, a ponto de os diplomatas viajarem a Lisboa para pedir promoção. Zé
Aparecido, sempre preocupado em defender seus protegidos, viajava de Lisboa a Brasília, na época das promoções, e se sentava na cadeira do chanceler para despachar.
Intelectualmente, Amorim é bem preparado.
Todos sabem, menos o pessoal do Lula, que não se fala o mesmo idioma árabe em todos os países visitados. Por
falta de dinheiro, resolveram usar a prata da casa e deu no que deu.
Ademais, uma coisa é ser tradutor; outra, é fazer interpretação simultânea.
Essa incursão foi mais uma palhaçada da política estridente dos PTelhos.
Esperemos que, pelo menos, tenham aprendido um velho provérbio árabe:
''Quanto fores atirar uma flecha, unte a ponta com mel.''

Roberto do Rio-Branco, Rio de Janeiro, por e-mail


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