"Tentei atualizar meu fotolog e me disseram lá que agora não dá mais.
Segundo eles, FOTOLOG é privilégio de quem PAGA." servio tulio, zieck zack
sacou? sacaram? eu me pergunto por que eles começaram com a brincadeira? numa entrevista eles dizem que só têem gastos com o fotolog. e trabalham fora para prover o pão deles de cada dia. brinquedo caro, não? um imenso banco de dados, softwares sofisticados e potentes hardwares só pra fazer meio mundo feliz? acarinhar nosso umbigo, olho mecânico antropofágico?
aí vem a divisão entre os de ouro e os de lata. e os de ouro, reparem, só se comunicam entre eles, poucos visitam o proletariado das imagens. antigamente, se a gente queria fotografia boa ia na corbis, etc. hoje tem espaço virtual de graça pra tudo quanto é lado, pra gente botar foto até do mosquito que nos tortura.
quanta quantidade de informações sobre nós esta gente acumula! sabemos, mesmo com nossa pose de câmeras digitais, que estamos para o escaneamento da imagem, feita por satélítes e empresas poderosas, criadas também para entender o crescimento de infomações na terra,e seus recursos , como o rabisco das cavernas está para os sais de prata usados para a revelação das antigas fotografias.
devem ter coletado as informações necessárias. chegou o momento da seleção, da eugenia. da escolha da raça pura. fotolog só para quem é de ouro. vamos combinar então: há um processo seletivo em curso, com direito à holocausto. e não me venham falar em software livre. pelo amor de deus. ou de neo. ou do grande irmão. tanto faz.
no entanto, consegui atualizar. com um poema de hilda hilst http://www.fotolog.net/elb/
V
As maçãs ao relento. Duas. E o viscoso
Do tempo sobre a boca e a hora. As maçãs
Deixei-as para quem devora esta agonia crua:
Meu instante de penumbra salivosa.
As maçãs comi-as como quem namora. Tocando
Longamente a pele nua . Depois mordi a carne
De maçãs e sonhos: sua alvura porosa.
E deitei-me como quem sabe o Tempo e o vermelho:
Brevidade de um passo no passeio.
Do livro “amavisse”de Hilda Hilst (amavisse, via espessa, via vazia)
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