quarta-feira, março 17, 2004
"arte como anti-ambiente
os media em sucessão e em atrito criam um ambiente irritante, quase abrasivo, especialmente agora, quando sentimos que o implosivo,o integrado e o sintético se chocam com o explosivo, o fragmentado e o analítico.para neutralizar a pressão do ambiente, que produz o stress e a irritação, urge um antídoto,um contra-irritante.a arte é esse contra-irritante, esse anti-ambiente, pois ela previne a prepara a sensibilidade para as mudanças e os efeitos causados pelos novos meios de comunicação, extraindo dos próprios meios os meios com que criticá-los e compreende-los, ou seja, os meios com que criticar e salientar os desmandos provocados pelas novas tecnologias, amaciando os seus efeitos de hipnose e alienação. poderíamos mesmo dizer que, em relação à tecnologia, a arte exerceria uma função de metalinguagem, uma função de consciência crítica. "os artistas são as antenas da raça"-já dizia o grande poeta pound."
décio pignatari em a contra comunicação-editora objetiva
portanto, meu querido zieck é impossível utilizar a sintonia fina para purificar qualquer som, ou torná-lo inteligível. o que vige é apenas estática entre o que pressupomos comunicação. na verdade ser como o índio, marcelo, caberia perfeito para o reencontro de si para consigo. mas escuta só dany, o estar virtual em que nos definimos, amiga márcia elimina de nós a pressuposição da mortalidade
nos conduz à sala da justiça onde acreditamos atuar sobre o mundo. nos divide , o ser interior, para pertencermos ao coletivo. ou seja, suga de nós a individualidade .
trazemos na genética de nós alguns segredos. o conhecimento das células sobre nosso destino e a negação destes mesmos átomos do que é irreversível: a finitude. eu te escrevo dany; mas acuso-me de perder tópicos de muita importância. que estranho! disse importância. tudo imposta e importa, correto, mas afinal sobre o que estamos falando? alguém comentou sobre aquela criança que vi em alguma publicação só pele e osso de fome e verme a falta de água tornando-se em papiro? nós as vemos diariamente. elas entre tantos na desdita. e onisciente presido minha máquina a sobrepor-me às mazelas do mundo.
a música? a música. ah, é apenas ruído.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário