sexta-feira, junho 25, 2004
recado para sérvio túlio
sabe ataque de saudade? sentar e conversar? rir sem razão e com todo o sentido do mundo? vontade de ouvir uma música ainda não inventada, andar pela aí chutando lata com um amigo, o único amigo que sabe ler as entrelinhas, pausar, ouvir? silenciar. dar tempo para o tempo. sabe? preciso me emocionar. é só isto. uma enorme saudade. que doeu de repente. tanto, que precisei falar pessoalmente. mas foi passando. acomodou. pausa. é preciso pausa para sentir. menos movimento. e preciso enriquecer as rimas, sabia? diagramei em mim brancos, espaços e tempo. o som ficou mais leve. mais sentido. por isto doeu.
não andei pelo deserto . mas por oásis repleto de tâmaras. demasiadas tâmaras. o ar perfumado de água. então, em vez do excesso preferi o deserto das palavras, o silêncio nem vento, nem areia. desejo a boca da sede à fartura que sacia. pausa, muita pausa, sem pressa. há que se respirar.
ah! jocy está cobrando a entrevista . mas estou desmotivada.
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