quarta-feira, setembro 15, 2004




"Do verbo amar



Sabe, minha filha, eu engano tanto Deus, disse mamãe. Eu ri. Engana como? perguntei. Assim: quando seu pai morreu e vocês seis eram tão pequenininhos, eu pedia a Ele que me deixasse viver pra ver vocês adultos, cada uma formado ou na faculdade, donos das suas vidas, porque então eu poderia morrer tranqüila. Mas, aí, você casou e teve Felipe. E eu pedi a Ele pra me deixar ver Felipe crescer. Sem falar nos outros netos. Quando Felipe fez vestibular pra medicina, pedi pra Ele me deixar ver Felipe médico como o avô. E agora que Letícia nasceu, perguntei eu, que já não sabia se ria ou chorava, vai pedir mais um tempinho? Não, ela disse. Agora, não mais, que já estou velha. Mas tenho pedido, todo dia, pra Ele cuidar de você e lhe deixar viver até, pelo menos, você ser bisavó.

Márcia Maia

para mamãe, com todo o meu amor."

está em mudança de ventos, escrito pela poeta márcia maia de amor em amor a gente forma os nós.


recado para o o manoel carlos, do agreste : você legenda a foto, como costuma nos perguntar?

li, eliane stoducto, estamos com você. bem que senti esta ausência estranha. firme, guerreira, estamos com você. sua mãe há de melhorar e você dará conta de tudo. GUERREIRA.

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