email da márcia:
pequeno tesouro imenso que ganhei: algumas linhas que perfazem o universo e arredores, como dizia meu pai:
http://www.lausiqueira.blogger.com.br/2005_01_01_archive.html#34872770
beijo,
Márcia
"Quarta-feira, Janeiro 26, 2005
MÁRCIA MAIA
Nunca perguntei se minha muito querida amiga Márcia Maia é de gêmeos. Não sei que data é seu aniversário. Mas, sempre percebi uma força dual em sua vida: duas filhas, dois poetas amigos mais queridos: eu (convencidíssimo ) e Antoniel Campos, dois blogs... e por aí vai.
Só uma coisa é única em Márcia: a poesia. Márcia escreve com a delicadeza da menina rendeira que, há uns três anos, conheci em São João do Tigre, município do interior paraibano. E assim vai galgando espaços entre poetas, leitores e críticos da nossa geração. Conheça, então, as duas: Márcia & Maia. em poesia sim, de Lau Siqueira/"
márcia o deve ter postado ainda agora, "caminhos de ir e voltar" belíssimo trovar rico, pois manhã nascendo quando estive em tábua de marés encontrei outro poema: adorável:
adorável
não sei se é vero ou se espelho.
se és tu ou de minha mente
magnífica holografia.
te sinto e és pleno - sentido
e senso -
e já nem sei se o tudo és tu
ou se és tu o tudo meu que
sinto e vejo
: que importa?
saber-me a ti
(em ti)
é tudo.
assim te sei
(único)
em mim
: isto me basta.
não sei se é vero ou se espelho.
se és tu ou de minha mente
magnífica holografia.
te sinto e és pleno - sentido
e senso -
e já nem sei se o tudo és tu
ou se és tu o tudo meu que
sinto e vejo
: que importa?
saber-me a ti
(em ti)
é tudo.
assim te sei
(único)
em mim
: isto me basta.
dos caminhos de ir e voltar
tijolo cimento e brita?
asfalto concreto e aço?
talvez um laço de fita
talvez a fita sem laço.
que vede. não sei como faço.
que guarde além da desdita
silêncio que não limita
grito que diz de embaraço
que seja a palavra não dita
que seja aquém deste espaço.
da cana que reste o bagaço
da casa nem palafita
à beira-mar o mormaço
à beira-rio suscita
tardes que a dor premedita
fadadas sempre ao fracasso
por crê-las longe do abraço
que a vida lhes requisita
não seja aquém deste espaço
não seja a palavra não dita.
o dia ainda dormita
da noite resta um pedaço
todos dormem e eu aflita
me debruço no terraço
buscando abandono lasso
que a saudade ressuscita
na lembrança inaudita
que fere qual estilhaço
seja a palavra enfim dita
aquém e além deste espaço.
Márcia Maia
tijolo cimento e brita?
asfalto concreto e aço?
talvez um laço de fita
talvez a fita sem laço.
que vede. não sei como faço.
que guarde além da desdita
silêncio que não limita
grito que diz de embaraço
que seja a palavra não dita
que seja aquém deste espaço.
da cana que reste o bagaço
da casa nem palafita
à beira-mar o mormaço
à beira-rio suscita
tardes que a dor premedita
fadadas sempre ao fracasso
por crê-las longe do abraço
que a vida lhes requisita
não seja aquém deste espaço
não seja a palavra não dita.
o dia ainda dormita
da noite resta um pedaço
todos dormem e eu aflita
me debruço no terraço
buscando abandono lasso
que a saudade ressuscita
na lembrança inaudita
que fere qual estilhaço
seja a palavra enfim dita
aquém e além deste espaço.
Márcia Maia
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