domingo, fevereiro 27, 2005

e se fosse domingo?

e de repente como se o tempo estacionado debruçasse sobre a terra e a olhava girar o sino tangeu na cidade ave marias. o vento o trouxe até à casa. o perfume de acerola, laranjas pitangas e tangerinas rompeu da saca que chegava do sítio. o galo ainda cantava nos ouvidos e na penumbra da sala as sombras se atiravam pela porta entreaberta. foi um vago sorriso do sol enfrentando a noite. desistente ruborizou os morros. a noite. ah, a fresca! e este menino louro que desceu a cachoeira pendurado numa corda respingando dourados na tarde. ai, acácias e ipês invejaram seu dourado. uma vaca mugiu escurecendo a noite. era noite, mas ainda o dia vociferava calores na sala.

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