capivaras de são lourenço
quando postei esta capivara no fotolog lembrei de um pecado, o único momento em que prevariquei em jornal.
porque um fato me remeteu a outro, explico: a capivara surgiu na lagoa. foi uma febre. a cora ronai> tornou-se sua protetora e registrava em cliques sua aparição.
o senhor das bandagens, a múmia que um vento traiçoeiro pode transformar em pó, criou o capipress em sua homenagem, da capivara.
mas levaram a capivara embora. criaram uma comunidade no orkut: "devolvam a capivara da lagoa" e, sem mais nem menos olha uma capivara no parque das águas de são lourenço, minas gerais. eu que moro aqui soube delas no internETC pois uma turista as havia fotografado. fiz mil cliques a resolvi conseguir um casal de capivaras para o laguinho cá de casa.
bem, o outro fato. plena ditadura. faltavam notícias. não. elas não faltavam.nós não podíamos publicar nada, ou muito pouco. fazer pauta era um tormento. o chefe da redação, joão luiz faria netto precisou viajar. eu estava na pauta. passava um circo em niterói, com vários animais e um leão marinho. sem qualquer remorso, pois o tal leão fugira mesmo, eu o fazia parecer em várias praias de nosso litoral. e suitávamos dia após dia.
atração total. habíamos notícia! por fim, depois de assustar o litoral inteiro consegui que o pessoal do bureau da baixada fluminense pudesse brincar com o leão marinho. e ele surgiu apoteótico até no rio paraíba do sul! mas eis que retorna jõao luiz, hoje no connar. E
chega a bronca. eu mesma havia feito uma matéria sobre a universidade do mar, em cabo frio. por lá encosta uma corrente ascendente que vem da patagônia (por isto o nome cabo frio) muito gelada e própria para desenvolvimento de planctons, bentos, e o que mais caiba.
a ordem de acabar com a brincadeira foi cumprida: coloquei o leão marinho nesta corrente, nadando contra ela, na contra-mão zarpando direto para a patagônia.
enquanto isto, mario dias, repórter de polícia do jb e de o dia criava uma loura que assustava no cemitério do maruí em são gonçalo e um papagaio falante, única testemunha de um crime, que o repórter guardava à sete chaves. até que o papagaio foi intimado para depor e com o choque faleceu.
luta inglória para preencher as páginas dos jornais que normalmente saíam em branco ou com receitas culinárias.
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