sexta-feira, março 18, 2005

"em busca do tempo perdido"


"não consigo entender muito bem porque alguém deve escrever o que quer que seja. o vasto mundo se basta, não tem nenhuma necessidade de nossas palavras." frase de uma das muitas cartas de simone de beauvoir para nelson algren.

sim, a simone de "os mandarins". este livro nasce durante o amor dos dois no correr dos anos como corre a pena nos manuscritos. no tempo em que havia tempo . por sartre nutria grande amizade. seu grande amor, destes de chamar de fofo, meu marido e eterno amante, e apelidos que se não fossem ternos seriam jocosos, foi algren. os "mandarians" foi dedicado a ele. no livro, algren é lewis borgan.

estas cartas são um romance verídico, acontecido e rompido brusca e inexplicavelmente pelo autor de "o homem do braço de ouro".

na realidade este livro carta assemelha-se a um blog. simone conta seu cotidiano, suas aspirações, seus sonhos a um interlocutor que nem sempre responde. além de negar sua afirmação sobre a desnececidade de esrever ela o faz com voracidade.

estou fascinada por este livro. a mulher segura de si, às vezes cruel em "a cerimônia do adeus", livro onde narra os últimos dias de sartre; não bem cruel mas sem suavidade, demasiado crua, ela se derrama em copiosos dia-a-dia regados por lembranças amorosas de paisagens e cópulas preguiçosas.

outro blogueiro foi proust no "em busca do tempo predido". deixe-me continuar com a leitura.
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mas quem diria?

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