quinta-feira, agosto 25, 2005




a velhinha de caxambu




não sou parente da velhinha de taubaté, personagem criada pelo luiz fernando veríssimo que, por ingeuidade, acreditava bom o governo, além de justo e sábio. por princípio afirmo que nenhum exercício de poder redunda em justeza, sapiência ou bondade. por isto prego a descentralização do poder e mais, nenhum poder. desejo que todos sejam responsáveis por seus atos e, na minha medida, por onde passo assim acontece. por exemplo, acabamos de criar o condomínio brasi l estando eu e a ana laura diniz exercendo o papel antipático de síndicas. mas hoje, depois de tão pouco tempo de surgido, ele caminha sozinho. os chamados condôminos, e as síndicas também o são, postam seus artigos e matérias tranqüilamente. ontem, vi que a lilian zaremba postara novo artigo em "mirabilis", clau dal colleto em " inflanção" deu show de bola e sóter contianua com suas charges desconstruíndo a estela petista.

este é o princípio básico da chamada anarquia. o sentido de um condomínio: todos são responsáveis e todos respondem por seus atos sem necessidade de pré avaliação. é bonito quando vejo o rio seguir seu leito. hoje o cb , o recém nascido, caminha com suas próprias pernas. assim postulo como deveria ser um governo do povo. eu sei o que é preciso para que minha casa funcione, a minha rua, o meu bairro. todos sabemos. então para que um monte de gente recebendo grana alta para mandar em nós, decidir por nós e nos entrregar no final do mês a fatura de suas despesas? pasmei ao ver lula acabar de dizer que não fará como getúlio, janio ou jango. por que teria dito isto se é inocente? temo o que está para vir. as sucessões continuistas. as soluções que nada solucionam e só fazem aumentar a concentração de miséria.

em entrevista concedida a geneton moraes neto, no jornal do brasil em 23 de dezembro de 1987 luiz fernando veríssimo a uma pergunta do repórter sobre o que o faz chorar no brasil de hoje, responde:

"LFV - O que me dá vontade de chorar é a idéia de uma geração que vem se perdendo. Vejo pelos meus filhos. Quando penso no futuro dos meus filhos me dá uma raiva e uma tristeza por saber que esta vai ser uma geração sacrificada. E talvez sacrificada em nome de coisa nenhuma, porque não sei se o futuro imediato ou remoto vai ser tão melhor. Então, a idéia de uma geração sacrificada me entristece e me enraivece. Tenho uma filha de 22 anos, uma outra de 20 e um rapaz de 17.

- Sua geração, em relação à atual, não foi perdida também?

LFV - Sim, mas a gente imaginava que estava se sacrificando para que tudo melhorasse. É chato e frustrante descobrir que, na verdade, piorou. Então, há mais uma geração que vai ser sacrificada por coisa nenhuma." in a velhinha de taubaté morreu .

sou a velhinha que está em caxambu, originária do estado do rio de janeiro, e sei lá porque não morro. nem minha fé, sequer a esperança e muito menos a caridade. por isto, mesmo consciente de que o mundo é muito perigoso, de que muitas vezes preferimos a cegueira, sem ingenuidade acredito que trocar o lula por pfl e psbd é mais trágico do que aguardar que os erros político partidários do partido dos trabalhadores sejam sanados e que o presidente atual termine seu mandato. no mais é rezar para que apareça alguém em quem se possa votar nas próximas eleições. precisa ser reza forte. muito , muito forte.














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