a morte de quem não nasceu: a independência!
palavras tortas, que legal! não entendi como você faz mas sei que consegue. que legal!!!! do gmail vim até aqui! impressionante!!!!! beijos, comadre . ainda bem que você saca o que acontece. precisamos fazer com que as pessoas percebam. mas faltará sempre o povo que não alcançaremos nunca. beijos tristes porque vou morrer sem ver este brasil resolvido, porque nossa geração lutou tanto pela reformulação dos valores e talvez apenas tenha escancarado a imundície.
estes jovens que foram presos, banidos, mortos, abriram mão de uma vida pacata para dizer: todos os códigos que vocês instituíram , desde esta falsa concepção de família, onde o homem tudo pode, até agredir moral e fisicamente sua mulher e sob o tacão de suas botas fazer tremer seus filhos- de acordo com a disciplina imposta pela religião que legou aos cordeiros os dez mandamentos, para deitar e rolar como lobos com a propriedade da humanidade-, até a organização do estado; estes valores estão nus e fedem .
eles, esta geração , pediu apenas para que surgisse, através de seu trabalho, o chamado poder jovem, um mundo novo de solidariedade e amor! o paz é amor não eram palavras vazias, mas um exercício diário de aprender o outro, conviver consigo mesmo e amar o todo.
esta juventude que abandonou suas casas, empregos e estudos e não só ela! -recordo de uma das primeiras feministas desta terra, a carmen da silva, desfilar pela rio branco com várias outras mulheres, em protesto pela adoção de falsos valores, vestida de noiva singela- desejava que toda a ação contivesse autenticidade.
não era queimar sutiãs que importava. mas a simbologia! significava romper correntes enferrujadas para criar elos fortes e mais verdadeiros. não pretendíamos ser proprietários da verdade, mas seus agentes, pois sabíamos que o que seria hoje teria sua ampliação amanhã, suas arestas aparadas, melhor resolução. foi um tempo bonito de brasil e no mundo.
onde todas as mentes e corações estavam contaminados pela idéia de verdade, sabe? esta verdade que permite com que um possa olhar nos olhos do outro, pois a enunciação dos sentimentos está sempre à tona. pedíamos o fim do capitalismo, do feudalismo, tão presente ainda nas ações sociais e de governo, de toda exploração do homem pelo homem, enfim, ah, dias! de luta e felicidade, mas de sonhos.
e se abraçávamos o comunismo, o anarquismo ou o socialismo é porque acreditávamos encontrar neles uma saída, para derrotar o capitalismo. no fim e ao cabo desta história concluímos que a única solução seria o fortalecimento das característica que definem o ser humano, que hoje nem sabemos mais quais serão!
sonhávamos, desejávamos, lutávamos. não éramos está massa amorfa e destituída de emoções que se interessa apenas pelo próximo capítulo, pelo mais novo gadget, e nomeia como reis , cultua os baderneiros de plantão, ou sejam, os jogadores de futebol, os cantores da hora, as modelos, apresentadores/as , os televisivos, os atores, as atrizes, o traficante, o assassino da onda como ícones.
esta geração, a minha geração, não abdicou do chamado sucesso pessoal, de vantagens individuais, de usufruir da facilidade dos bens familiares só por onda. acreditávamos no coletivo! que poderíamos construir um mundo melhor para nós, nossos filhos e netos. e hoje, o que está aí é o que chamam de mundo. "mondo cane", isto sim, filme daquela época! mundo imundo.
porque te juro, li , não contávamos que o poder econômico fosse tão forte, já naquele tempo, a ponto de destruir a juventude- as mentes brilhantes, que foram expatriadas- e remetê-la ao mundo das drogas, que eles traficavam. enterrar os sonhos, transformar a felicidade, que era simples, neste desejo de consumo desenfreado a nos deprimir por não conseguirmos atingir as metas indicadas por eles ao mesmo tempo em que nos acena com a felicidade do dia seguinte, quando outra propaganda estará no mercado - é clichê- mas digo: a alimentar nossas utopias.
o poder do primeiro mundo conseguiu anular definitivamente o terceiro e quando falo em mundo digo gente. o tudo pelo social foi a maneira que encontraram para fazer emergir um proletariado que conquistou sua ascensão social por meios escusos. estes que são praticados impunemente e exibidos como filmes do bem para a nação.
sem educação ou cultura este proletariado, que deveria emergir através da conquista destes fundamentos, hoje dita as regras a partir de seu desconhecimento de valores éticos e dignos. e os que sabem, quem conhece e pode falar sobre uma história, contar de uma luta, um sonho, que deveria ser realidade, morreu, está mudo e, quando fala , é louco.
desculpe-me o desabafo, querida li , neste sete de setembro quando é comemorada a independência do brasil.
te deixo um abraço e mais , uma pergunta: independência de quê?
afinal, que palavra é esta?
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