quinta-feira, março 29, 2007

cochilhas do sul e estrada

foto tirada na estrada com o carro em movimento.


cochilhas do sul e estrada


reminicências de ana manssour

que nos conta esse viver infantil que todos gostaríamos de ter experimentado.



"Ester:
Eu me cadastrei no olhares.com justamente para poder fazer o comentário.
Mas, o que eu disse lá, posso te repetir aqui, até de maneira mais completa.
Eu nasci em Porto Alegre. Minha mãe sempre conta, com certo orgulho, que fui uma as primeiras 50 crianças nascidas no Hospital Ernesto Dornelles, que, na época (outubro de 1962) havia sido recentemente construído e inaugurado, para atender especialmente o funcionalismo público do Estado.
Em Porto Alegre cresci, estudei, dei minhas cabeçadas, casei, tive e criei minhas filhas. Mas, na infância, íamos quase todas as férias, de verão e às vezes de inverno também, para a fronteira do Rio Grande do Sul, onde, à época, a mãe e o pai ainda tinham uma fazenda, e meus tios, por parte de mãe, também tinham as suas. Passei dias maravilhosos nos pampas gaúchos, sesteando à tarde sobre pelegos, embaixo dos capões de eucaliptos, tomando banho de açude com os primos (e tendo que me livrar das sanguessugas depois), carregando cordeirinhos recém-nascidos no colo, que eu fazia de filhinhos, e aprendendo a fazer e utilizar a atiradeira, com bolinhas de cinamomo, tendo latas e galhos como alvo.
Aquele tipo de paisagem, das coxilhas infinitas com um capão de eucaliptos ao fundo e quase uma tela onde eu posso rever o filme de alguns dos melhores momentos da minha infância.
Não fazes idéia de quanto isso me toca.
Quanto ao calor, isso é o sul, amiga! A maioria esmagadora das pessoas simplesmente não acredita que lá faz calor desse jeito, e ainda reclama do calor daqui! hehehe
Um beijo e muito obrigada pela lembrança! Ganhei alguns minutos de reminiscências valiosos!
Ana"


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