terça-feira, fevereiro 26, 2008

vai um fio desemcapado, (com eme mesmo) aí?

vai um fio desemcapado, (com eme mesmo) aí?




bem sei que a vida de todos está tão corrida que ninguém precisa saber da dos outros. mas é que entre hoje e ontem aconteceram tantas coisas que fiquei assim meio que no limite. sabe como é?
e quando a gente chega ao limite, tá andando em fio de arame desencapado. o que é um perigo. quem sabe amanhã acorda melhor? e olha que nem tenho razão para reclamar da vida. afinal, estou nela! mas os que foram fazem falta. vai uma paisagem aí para colorir os olhos, criatura?



aliás, tenho um poema que traduz o sentimento desta casa:


a margem de uma estrada
não se vê, zuniu, zumbiu. sumiu
se escuta. ai,... se escuta não!
a sombra de um risco quem ouve?

quem escuta cintilação?
nas paralelas pasta a vida
da cria do bicho esmagado.
a estrada fica à espreita.

espreita encravada na estrada
é vaca cachorro gente que vem
servir à morte o banquete
da minuciosa composição.

há paisagens intocadas
neste momento de crise;
quando um ovo rola suave
da galinha pra dentro do ninho.

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