sábado, março 29, 2008

Luís Antônio Pimentel faz 96 anos e recebe homenagens

copiado do blog "ler, escrever e contar, de anibal bragança.


" Sábado, 29 de Março de 2008
Luís Antônio Pimentel faz 96 anos e recebe homenagens

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Fotos: 1) De Paul, LAP c. 1936, jornalista da Gazeta de Notícias (Rio de Janeiro). Fonte: Obras reunidas, v. 3; 2) No Japão, entre amigos e amigas, c. 1938. Fonte: Um tupiniquim na Terra do Sol Nascente, de Alaôr Eduardo Scisínio, 1998; 3) LAP em 1955. Fonte: Livraria Ideal, de Aníbal Bragança, 1999; 4) LAP na Livraria Pasárgada, c. 1977. Acervo pessoal; 5) Ricardo Hallais Walsh e LAP, na Livraria Ideal, 2004; 6) LAP e Zuleika Hallais, no auditório da Câmara Municipal de Niterói, 2007. Arquivo pessoal; 7) LAP em 2004. Foto de Carlos Pilloto. Fonte: Obras reunidas, v. 1; 8) LAP em 2006. Foto de José Chacon; 9) LAP na Exposição de Haicais realizada no Instituto Abel, de Niterói, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, 2008. Arquivo pessoal. Direitos reservados.


"Hoje, rara leitora, permita-me expansão de uma alegria maior, pois um dos seres humanos mais admiráveis que a vida me permitiu conhecer completa 96 anos, neste 29 de março, em plena saúde e vitalidade. Chama-se Luís Antônio Pimentel. Para os que não o conhecem, vai abaixo um mini-biografia que, na orelha dos volumes, apresentava ao leitor o autor das Obras Reunidas, que tive o privilégio de organizar, em 3 volumes, e que foram lançadas em 2004.

Se está em Niterói participe das homenagens que lhe serão prestadas hoje no 2º Salão de Leitura de Niterói, que está sendo realizado pela Prefeitura e seus parceiros, no Caminho Niemeyer, ao lado do Terminal João Goulart, Centro. A homenagem ocorrerá no Auditório Luís Carlos Tourinho, às 17h, com participação de amigos e admiradores do muito querido Pimentel. Na ocasião será lançado um novo livro sobre a trajetória e a obra do homenageado.

Minibiografia:
Luís Antônio Pimentel, jornalista, professor e escritor, nascido em 29 de março de 1912, em Miracema (RJ), mora desde a infância em Niterói (RJ). De família em que se destacam intelectuais como seu tio Alberto Figueiredo Pimentel (1869-1914), começou cedo sua atuação na imprensa carioca. Parte de sua produção de jovem jornalista, publicada na Gazeta de Notícias, compõe o livro Crônicas do rádio, nos tempos áureos da Mayrink Veiga (v. 3 das Obras Reunidas). Em 1937, já afastado da Escola Nacional de Belas Artes, cujo curso não chegaria a concluir, recebeu bolsa de estudos para o Japão. Encantado com a cultura nipônica, lá ficou até 1942, saindo apenas quando houve a evacuação de estrangeiros do país, em guerra. Retornou a Niterói e passou a dedicar-se ao ensino técnico e à imprensa na antiga capital fluminense. Diplomou-se em jornalismo pela antiga Faculdade Nacional de Filosofia, em 1952. Construiu uma obra literária marcada profundamente pela cultura japonesa. Seu segundo livro, Namida no Kito (Prece em lágrimas), publicado no Japão, em 1940, foi o primeiro traduzido naquele país de poeta de língua portuguesa. Contos do velho Nipon, editado no Brasil, também em 1940, foi talvez o primeiro livro de autor brasileiro a divulgar a cultura tradicional japonesa em nosso país. O livro Tankas e haikais, de 1953, de rara beleza, tem como matriz estilística a poesia tradicional nipônica (v. 2 das Obras Reunidas). Desde a sua juventude, dedica-se também à pesquisa sobre a história e a cultura brasileiras, especialmente às suas tradições populares. Compositor bissexto em sua juventude, teve músicas gravadas por Carmem Miranda e Odete Amaral. Fotógrafo, artista plástico, historiador, biógrafo, memorialista, pertence a várias academias de Letras, Folclore e História, à Sociedade Fluminense de Fotografia e é presidente de honra do Grupo Mônaco de Cultura. Parte de sua colaboração na imprensa fluminense e seus livros sobre a cidade formam a Enciclopédia de Niterói (v. 1 das Obras Reunidas). Publica semanalmente a seção “Artes Fluminenses” nos jornais A Tribuna e Jornal de Icaraí, de Niterói (RJ).

Da Apresentação (na orelha) em Obras Reunidas, 3 volumes, organizadas por este blogueiro e publicadas pela Niterói Livros, da Secretaria de Cultura de Niterói, em 2004.

Conheça mais: acesse o e-Grupo Luís Antônio Pimentel, vida e obra, e participe:
luis antonio pimentel "

quanto a mim

posso dizer do quanto que este grão senhor marcou minha vida. o conheci saindo da adolescência , por volta dos 13, 14 anos, quando não acertara como professora primária porque desejava adotar todos os alunos e experimentava em rádio um programa patrocinado pelo diretório dos estudantes secundários da época.

após ter conseguido apresentar o cantor norte-americano neil sedaka no programa, para conseguir patrocinadores, pois a rádio federal de niterói, atual rádio manchete, batia as botas por inanição financeira, fui convidada para programas jornalísticos em televisão e para editar uma página voltada aos estudantes no tablóide, tablóide sim, naquela época, que nascia pelas mãos de carlos couto, o "praia grande em revista".

e quem escrevia lá? luiz antonio pimentel, e outros grandes nomes. ele ensinava-me , prestava atenção na jovem magra que já usava óculos enormes, contava-lhe coisas do japão, onde passara alguns anos, ensinava-nos a todos da redação o suan pan, um jogo japonês que deriva do ábaco.

com ele aprendi haicais, a síntese da poesia, fiz parte da academia do calçadão que ele criara,
de toda uma vida, enfim. cresci ouvindo-o e acatando suas opiniões. e muitos jovens beberam dessa fonte. lembro da emese, uma húngara que saíra com os pais de um campo de concentração e que freqüentava comigo uma reunião onde se venerava lembranças de sierra maestra e de quem luiz antonio pimentel gostava de fotografar os pés. dizia serem os mais lindos já vistos.

da minha história também faz parte anibal bragança, autor do post citado acima, um grande amigo que conheci como livreiro inventando formas de se amar os livros e hoje, doutor, possui a mesma alma clara tranbordando de seus olhos azuis do mar que une portugal ao brasil, o atlântico.

hoje é dia dos noventa e seis anos de lap, como o chamava e que, na realidade, foi meu primeiro amor. não poderia deixar de sê-lo, não é mesmo?

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