segunda-feira, agosto 09, 2010

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mas no caminho, vou contar:

a gente fazia uma página literária no jornal "praia grande" creio que o primeiro tablóide que surgiu, ou o primeiro que conheci. a página, mal batizada pelo dono do jornal levava o trágico nome de "viveremos amanhã". feita por jovens, por isto esta mania: os jovens herdarão a terra, então, para eles, o hoje não existe, o agora é uma utopia, o tempo dos jovens é amanhã.
apesar das exigências de só vivermos no futuro esta tribo de que falo, este grupo, ousou viver o momento, o segundo, sem se poupar para amanhã. então, dois safenados jovens, uma com dois avcs e outro lutando pela vida.
eita herança braba que nos doamos. quando tive os avcs perguntei ao meu médico o porque, desde que malhava, andava de bicicleta, quilômetros a pé e outros a cavalo, estava magra, bem magra, enfim , uma saúde só.
ele respondeu, após consultar a anamenese: veja a vida que você levou esther, precisa de mais motivo? concordei com o dr. joão jorge.

mas hoje lembrei da emese. a húngara que tanto estrago fez nos corações praia grandenses após fugir com a família de um campo de concentração russo. amanhã conto a história.

mas é sempre bom lembrar que memória é bicho peçonhento filha do barroco. sempre perdida em volutas.

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