Li de um vezada Max e os Felinos de Moacyr Scliar. Já havia visto o filme A Viagem de Pi, baseado no livro do mesmo nome ,do canadense Yann Martel.
Na introdução de seu livro Scliar fala sobre como as idéias estão à solta e que não há propriedade intelectual sobre elas. Que nada se cria, tudo se transforma e copia.Cita o livro a Angustia da Influência de Harold Bloom, que releio sempre que possível.
No entanto, ao ler o livro de Scliar , que estava esgotado, reencontrei imagens, que não são mera coincidência, da Viagem de Pi.
Martel confessa que teve a ideia de escrever seu livro após ter lido uma resenha desfavorável sobre o livro de Scliar, editado em inglês e francês, feita pelo autor Jonh Updike. Argumenta que a proposta do livro, muito boa, fora escrita por um autor menor.
Ora bolas! Quando uma crítica é desfavorável quem lê o livro? Ao que eu saiba, ninguém.
Moacyr Scliar interrogou seus editores sobre a resenha, que não havia recebido e ela não foi encontrada em jornal algum.
Yann Martel apossou-se descaradamente não só da imagem de um jovem náufrago perdido num escaler em auto mar acompanhado de um grande felino. Ele pegou todo o sentido do livro e, com ele escreveu o seu.
Se isto não é apropriação intelectual indevida, poderei assinar, com certeza "as armas e os barões apunhalado/ que da oriental praia lusitana/ por mares dantes inavegados/ ultrapassaram além a Trapobana" sob o argumento de que peguei apenas o sentido geral e modifiquei algumas palavras ?
Um comentário:
Esther,
Estava comentando com uma amiga sobre este blog e vim copiar o link para ela se delciar aqui com suas escritas. Eu me recusei a ler o livro e ver o filme. Na Biblioteca que trabalho insistiram muito mas na epoca que o livro saiu o The Guardian fez um longo artigo falando do plagio e fiquei injuriada. Assim como com A Sucessora e Rebecca eles pensam que podem apossar-se das ideias e pelo visto puderam mesmo.
Um beijo saudoso.
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