rouobado no palavras tortas
ao replicar o poema que fiz para mim , mais abaixo desta folha vadia, li stoducto no palavras tortas exagera, e como! ao falar:
"Posto aqui um poema que fiz para mim mesma e que divido com ela( ela sou eu) e mando o meu abraço apertado, do fundo do coração!'
MADURA IDADE
(eliane stoducto)
Aquele olhar de antigamente,
surpreso e transparente,
transformou-se em oblíquo e cansado.
O riso que brotava tão freqüente, rareou.
Ficou em seu lugar apenas
um esgar entediado...
As mãos que eram quase de criança
viraram as de mulher atarefada...
Os cabelos castanhos se cobriram
com alguns fios prateados...
A velha timidez se travestiu
e agora já mal dava pra notar...
Apenas, algumas vezes, era quebrada
aquela paz tão duramente conquistada:
só quando a garotinha prisioneira
insistia em protestar
e a senhora, rápida e rasteira,
tentava lhe estrangular!
surpreso e transparente,
transformou-se em oblíquo e cansado.
O riso que brotava tão freqüente, rareou.
Ficou em seu lugar apenas
um esgar entediado...
As mãos que eram quase de criança
viraram as de mulher atarefada...
Os cabelos castanhos se cobriram
com alguns fios prateados...
A velha timidez se travestiu
e agora já mal dava pra notar...
Apenas, algumas vezes, era quebrada
aquela paz tão duramente conquistada:
só quando a garotinha prisioneira
insistia em protestar
e a senhora, rápida e rasteira,
tentava lhe estrangular!
menina, tome tento. entre nós permeiam perto ou mais de vinte! gostaria de saber contar como índio para dizer o tempo em luas, ou como poetas para medí-lo em abismos.
no entanto, o mote é interessante: versejar sobre a idade. nós falamos das coisas que nos bosquejam, que fretilamos, mas nunca das que nos tocam em profundidade. ou seja dissecar o tempo, falar sobre os calores da menopausa, da menstruação atrasada, dos desejos do sexo sublimado, meu deus! quem aceita idosa pobre? e das alegrias que toleram o tempo ávido em deixar sua marca em nossos rostos. (falo por mim) ou dos que comentam quando a senhora está alvoroçada por um corpo que lhe perturba a ida para igreja e obriga a falar com o padre no confessionário de seu pecado por desejar a bunda roliça, as pernas rijas, os cabelos enrolados que perfumaram as meninas de seus olhos.
isto se fosse de ir a igreja. por conta dos cânones cristãos estou devendo a alma ao diabo. ah! como faz bem nesta mulher comportada um certo toque devasso.
mas cá estou a falar no plural quando o caso é singular. depois que retornar do rio, sem ser esta semana que entra a outra, tenho planos para mudar, rejuvenescer, falar de coisas que até deus duvida. aposta?
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