segunda-feira, abril 18, 2005




a casa de deus



pousaram aqui em sua migração anual os dias de neblina. ainda se vê um palmo adiante do nariz e nada mais. pingos grossos despencam das árvores e respirar enche os pulmões de cipreste e eucalipto, entre a floresta de alvéolos funda-se a mata que circunda esta casa em nossos pulmões. mais o ar frio, o rumor do rio despencando e estas flores da espatódia estaparfúdia de lugares quentes exibindo-se no frio.

ah, abrir a porta às oito da manhã após uma bela noite de sonho e uma tarde no exercício do silêncio para deparar com esta ave de arribação; a neblina.

não, fernando nimam. não somos pessoas únicas, fazemos parte da raça humana. do grande caldo que voccê transformará em sopa para o inverno, caldo cósmico.




vamos reduzir deus ao planeta, para começar. deus é o planeta terra. ora, desde que o que nos configura é a natureza somos de todas as cores e feitios, eu hegeliana me confesso, portanto seria justo dizer que a natureza ou deus é injusta quando me mata em terremotos e furacões? o planeta delimita meu espaço. não conseguiria viver no tórrido saara nem nos gelados polos. e quem determinou que este seria meu limite, querido amigo? a natureza, deus, as contigências do planeta para que ele sobreviva a si mesmo.

a natureza, fernando , pare e reflita, sempre foi nossa medida, é o nosso continente. em nosso palco o único cenário real é a natureza contra a qual lutamos pois claro que pretendemos o primeiro plano. meu, todos desejamos ser atores principais.

abra a porta hoje e veja esta neblina e o frio que te abraça . como está aqui também está em sua casa. as gotas grosas , suculentas pingando no jardm. ainda acredita que sou louca em não me crer única, que apesar do dna diferenciado, assim como cada dns, o meu fundamento é semelhante ao seu, ao das pedras , vegetais?

a casa de deus.


que pretensão do ser humano pensar-se único , fernando! nós fazemos parte da raça humana. olhe para o em torno; é o nosso espelho! portanto, a neblina de hoje cá em casa, para você, um café mineiro, um pão de queijo e o meu beijo. mas veja se não combina: desde que moramos neste planeta, e este planeta é a natureza que vejo e suponho, e nomeei este planeta de deus ou de caldo e cá estamos inscritos como fósseis nas pedras das cavernas, desde que pertençemos( no sentido de fazer parte) à raça humana, ao caldo à natureza, podemos nos chamar de caldo ou deus. concorda? estáao seu feitio o café?

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