segunda-feira, agosto 01, 2005





calundú e cacoré




o dia ainda é frio , bem frio e a mata está branca às 9 da manhã. por todo o lado orvalho. cruzília é o destino , único lugar para comprar alfafa. mas alfafa não vende mais por aqui nem lá, só por encomenda e vem do paraná. consegui comprar um capim que esqueci o nome, muito estranho, enfardado como a alfafa mas não tão nutritivo.

chega um senhor com as vacas que chegaram no sábado num curso de dar dó. em poucas horas alastrou por todo o rebanho. folha de goibeira já gastou de todos os pés. nem sabe se conseguirá os frutos de março pois depenou todas. o fardo pequeno deste capim de nome estranho custa nove reais. as estradas de cruzília, esse estradar, são cheias de capim napier e do roxo que cavalo adora.

vontade de comer, encher o bucho e trazer para ela. tróia, a égua que deve parir mês que vem. no carro nada mais cabe. retornam os dias de ver capim verde nos caminhos e desejar comer em nome das vacas e dos cavalos e das éguas e dos touros e dos bezerros e dos potrinhos e, quem sabe, por mim? o sol já pinica. sol no rosto e este monte de poeira da época da seca são um santo remédio para dor de garganta. aumenta e consome o ouvido também. aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii resfriado!!!!!!!!!!!!!!!!!!

e eu de calundú e cacoré. calundú porque os doidos do condomínio rural onde tenho a chácara não apreciam o cantar do galo, o mugir de uma vaca nem o bufar de um cavalo. latido de cachorro nem falar. e calundú é aborrecimento, o que já vi que terei de montão. cacoré, bem cacoré é que eles nunca viram esther virar a mesa, quebrar tudo e por nos trilhos a locomotiva da vida. agora, ah, agora é só impecilhar que verão. em pleno inverno donner plus donner ou seja, trovão e mais trovão.

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