versando,versando... qui va lontano
como digo, o msn , a janela, é uma feira. pode ser missa de sétimo dia também. afinal, é onde todos se encontram. numa destas ana laura conversava com conrado falbo.
pessoa de fino trato mas que nunca vi, com quem ainda não conversei. dele ouvi contar pela ana. resumo da história. o rapaz faz poemas. se clicar no nome dele chega no kamiquase que hoje tem nova grife: po(e)st(ma)s.
já atravesso a pinguela:
pois foi numa destas conversas que ele contou que havia lido este poema:
saudade....
porque existe saudade
há parca e claridade.
então preserva o poema
porque acena a indigente
a falta é tão evidente
que é invisível a frase.
em tudo a dor reverbera
no azul frio de inverno
o verso ganha o reverso
como rosto exposto à praga
as letras apenas esmagam
cada sinal, só sintagma
de vansaudades o vazio
acorrenta o mar nos olhos
e montanhas de desafio.
e nas mãos desabotoadas
súmulas e aluviões de rios
ardem como pavios. pela metade.
( do blog imaginário eixo)
e no toar ele respondeu, para si mesmo:
sã-n-idade...
aquém da flor da saudade
resiste a simplicidade
na qual se tece o poema
a palavra indiferente
se faz na falta presente
do rosto simples da frase
se pura dor de quimera
salta no azul eterno
da tinta de seu inverso
na água mergulho a fala
lá, versos vivos divagam
num diagrama que falha
cheio de tudo, o vazio
resplandece pelas ondas
impossíveis de um navio
e de mãos em mãos passada
carta de afluentes frios
voam mesmo calafrios. pela tarde.
(Conrado Falbo)
o causo é que a estrada, no meio de uma curva, fez um permeio de encontros de vias, nem um trevo. foi reunião de paralelas, saca? e disse ela para ana se esther era a do imaginário. e sou. e para surpresa minha, que delícia, ter um bom poeta como leitor, o que hoje faço com os poemas dele.
prazer conrado. imenso prazer!
fotografei esta árvore só e seca no meio do cerrado talvez pensando assim: poetas pensam que são sós, mas olha a galhada que se atira desvairada e sai do mesmo tronco; pode ser um bando de poetas, de poemas ou....
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