como já contei, estas férias de verão foram muito gostosas.
"Sei tu che hai un vento nuovo tra le braccia"
noutro dia vi um monte de estrelas no céu. pela primeira vez, após tantos meses de chuva, o céu estrelou. por pouco tempo. e lembrei que lisa já havia partido com seu mapa do céu, sua luneta e o sorriso que desta vez estava mais sóbrio, sabe sorriso de quem pensa? mas sempre presente e amigo. lisa cresceu e traz marcas da vida que às vezes dói. e seu vento novo que ela trouxe nos braços, ainda afaga minh'alma. ai lisa, lisa...
a vida foi ontem, que nós todas vivemos daquela forma. mas ainda é hoje pela lembrança e saudade. saudade; palavra pequena, mas nem cabe na gente, extravasa, quer aproximar e distancia porque a vida corre, neste "albergue planeta".
eu a chamo de menina das estrelas, pois ela, certamente, veio de uma delas. veja as estrelas de onde lisa veio: aqui.
primeiro chegou a cleide, vinda de são paulo. numa tarde fomos almoçar, ajantarado mesmo, no kiko e na kika. o restaurante fica em aiuruoca no caminho para o vale do matutu, onde tem o pessoal do santo daime. não conhecia mas já ouvira falar muito bem. comemos patê de truta, leve, saboroso com pão caseiro e, por fim, trutas defumadas com molho de mel e amêndoas acompanhadas de batatas roti. por fim uma deliciosa torta de amora.
e conversamos com a kika. mística, profundamente mísitica, perguntei-lhe o nome e ela me disse: "já sei, você quer saber meu número; é 19!". tudo bem, respondi, o meu é 13 ( sei lá que número é este, chutei , apenas).
kika nos contou que lá no restaurante ela aguarda a reunião de 64 mulheres que salvarão o mundo. mas destas 64 restarão apenas 12. olhos profundos, incisivos, kika é belga com português/africano. o sotaque ainda é nítido. o kiko é francês. quando diamanda galás lê "the black cat"de edgar alan poe, ele me lembra a kika nesta foto que a ana registou.
aqui, na falta de the black cat, diamanda numa apresentação em berlim:
bem, os dias e a horas passaram e vejam quem chega, lisadora e telma. os dias estavam quentes, bem quentes, para em seguida cair um temporal. as meninas acreditam que quando vêem para caxambu trazem chuva.
bobagem, verão aqui não tem um dia sem chuva. bom para ir nas cachoeiras e desbravar trilhas é no inverno quando o tempo é seco por demais. e, por força das circunstâncias e falta de um 4x4 ficamos em casa, lendo, víamos filmes, conversávamos e ríamos muito: esta foto foi preparada pela lisa, que jogou-se em nossos colos:
da esquerda para a direita: cleide, telma, ana laura, eu e no colo de todos lisa.
continuarei a história em outro dia, tá? porque agora vou no la vita è adesso pois morro de saudades de lisa.
Renato Russo - La Vita è Adesso (tradução)
A vida é agora,
No velho albergue da Terra,
E cada um num quarto
E numa história,
De manhãs mais leves
E céus de esperança imaginada
E de silêncios de escutar,
E te surpreenderás a cantar,
Mas sem saber por quê
A vida é agora,
Nas tardes frescas
Que te vem o sono
E os sinos girando as nuvens,
E chove sobre os cabelos
E nas mesinhas dos cafés ao ar livre,
E te perguntas incerto: quem você é,
Quem? Quem?
É você que empurra para frente o coração
E o trabalho duro
De ser gente e não saber
O que será o futuro;
É você no tempo que nos faz maiores
E sozinhos no meio do mundo,
Com a ânsia de procurar juntos
Um bem mais profundo
E um outro que te dê descanso
E que se curve pra você
Esperando que você peça mais,
Sem entender o que é,
E tu, que me flerta,
Nesse instante imenso,
Acima do barulho das pessoas,
Me diga se isto tem um sentido;
A vida é agora,
No ar suave de uma sesta,
São rostos de crianças
Contra as vidraças,
E os prados que se esfregam como gatinhos,
E estrelas que se juntam nas luminárias,
Milhões,
Enquanto você se pergunta onde está,
Onde está, onde está
É você que levará seu amor
Por cem mil caminhos,
Porque nunca tem fim a viagem,
Mesmo se acaba um sonho;
É você que traz um vento novo nos braços,
Enquanto vem me encontrar
E aprenderá que para morrer
Bastará um por-do-sol.
Numa alegria que faz mais mal que a tristeza,
E qualquer tarde dessas encontrará você
Não se desperdice
E não deixe passar um dia
Para descobrir a si próprio
Filho de um céu tão belo
Porque a vida é agora.
Música: La vita è adesso
Álbum: Equilibrio Distante de Renato Russo
Letra: Claudio Baglioni
Música: Renato/RussoCarlos Trilha
La vita è adesso
Nel vecchio albergo della terra
E ognuno in smarginati di speranza
E di silenzi da ascoltare
E ti sorprenderai a cantare
Ma non sai perché
La vita è adesso
Nei pomeriggi appena freschi
Che ti viene sonno
E le campane girano le nuvole
E piove sui capelli
E sopra i tavolini dei caffè all'aperto
E ti domandi incerto chi sei tu sei
Tu sei tu sei tu
Sei tu che spingi avanti il cuore
Ed il lavoro duro
Di essere uomo e non sapere
Cosa sarà il futuro
Sei tu nel tempo che ci fa più grandi
E soli in mezzo al mondo
Con l'ansia di cercare insieme
Un bene più profondo
E un altro che ti dia respiro
E che si curvi verso te
Con una attesa di volersi di più
Senza capire cos'è
E tu che mi ricambi gli occhi
In questo instante immenso
Sopra il rumore della gente
Dimmi se questo ha un senso
La vita è adesso
Nell'aria tenera di un dopocena
E musi di bambini
Contro i vetri
E i prati che si lisciano come gattini
E stelle che si appicciano ai lampioni
Millioni mentre ti chiederai dove sei
Tu sei tu sei tu sei tu
Sei tu che porterai il tuo amore
Per cento e mille strade
Perchè non c'è mai fine al viaggio
Anche se un sogno cade
Sei tu che hai un vento nuovo tra le braccia
Mentre mi vieni incontro
E impanerai che per morire
Ti basterà un tramonto
In una gioia che fa male di più
Della malinconia
E in qualunque sera ti troverai
Non ti buttare via
E non lasciare andare un giorno
Per ritovar te stesso
Figlio di un cielo così bello
Perché la vita è adesso
Nenhum comentário:
Postar um comentário