está frio. muito frio. 19 horas e alguns trocados. o termômetro marca perto de 8 graus . na madrugada deve chegar a 3 graus . o pior é que ainda não tomei banho. passei o dia na rua. de manhã fui ao hospital de são lourenço tirar sangue . exames de rotina. fiz a compra do mês. em caxambu fui na fazenda santa helena, que tem um belo espelho d'água, pagar a cobertura da égua pantera. depois especulei com o trabalhador porque as vacas foram tocadas do pasto. muito estranho. tentei ler o jornal, após lavar a louça do almoço , já ajantarado, mas a ana tomou a frente. olhei o machado descer e subir para cortar lenha nas mãos hábeis do trabalhador.
e agora, fogão de lenha
aceso para esquentar os cachorros que dormem ao lado dele, lareira acesa 
para nos esquentar pego um livro. nem o abro. as lembranças e saudades crepitam no fogo. ah! se mamãe estivesse aqui, iria gostar de ver o fogo aceso, do frio, da manta sobre as pernas e tocaria, certamente alguma música ao violão e cantaria com a voz bonita que ela sabia ter.mas como mamãe já se foi só me cabe imaginar. ela nunca pode vir aqui. alzaheimer não permitiu.
claro que me penitencio por agravar ou contribuir para o aumento do efeito estufa, mesmo que a lenha seja retirada de eucalíptos que plantei e já replantei. mas, para manter um aquecedor ligado, a conta de luz vai para a hora da morte. ou sente-se frio, ou uma chama ajuda a esquentar.
nestes dias em que se comemora o dia do comércio, como amanhã, o dia das mães, mesmo sabendo que é para aquecer as vendas no verejo fica-se boba, com os olhos perdidos na chama. saudades do filho em florianópolis, onde mora com mulher, raquel, saudades, enfim, viu lucinha, de tia dulce, na semana passada sonhei com ela.
no vaso
que a fal me deu duas rosas vermelhas esperam o desabrochar. uma é da ana, mãe das cadelas cecília e cássia e, por tabela, de fly, orlando e zorra. a outra é minha. a rosa é de sangue como o que saiu de minhas veias hoje para a seringa.saudades de papai. pai também é mãe. ele nos pagava ao colo, cada dia uma filha e a embalava enquanto cantava para todos músicas de vicente celestino, das óperas de verdi, a voz de barítono, forte, de meu pai e seus braços que nos podia carregar e embalar.
hoje recebi esta foto de meu filho, do ciclone de santa catarina deste ano, este mês:
ó o que fez o mar empurrado pelos ventos no caldeirão no morro das pedras. foto de thiago lucio bittencourt
creio que algumas mães gostarão dfesta seleção de músicas.
mas não poderia deixar de postar esta música que diz muito e com a billie holiday: i'll be seing you:
então, sentei e escrevi isto. agora tomarei um banho e lerei um poema de sterfan meu sobrinho, claro que na cama que é lugar quente, . na segunda teremos uma entrevista com a dra. ana teresa dória dreux, ainda sobre a dengue e a homeopatia. inte.
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